sexta-feira, 17 de abril de 2009

Comércio de órgãos

O tráfico de órgãos humanos atinge uma significativa parcela da população mundial, principalmente aquela que vive em condições precárias.
Este crime é cometido por organizações criminosas que utilizam modernos meios de comunicação, recursos financeiros e conexões entre grupos para aumentar os seus lucros.
Segundo dados do UNDOC (Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes), as organizações criminosas que praticam o tráfico de órgãos lucram cerca de 31,6 biliões de dólares anuais. Cada vítima gera, anualmente, cerca 30.000 dólares.
O tráfico de órgãos é uma actividade extremamente lucrativa, sendo apenas ultrapassada pelo tráfico de armas e de estupefacientes.
A transferência de órgãos humanos é uma realidade que pode ser verificada em diferentes circunstâncias:
- Doação própria ou de familiares;
- Em vida ou após a morte, para fins humanitários, científicos ou por solidariedade ao próximo;
- Tráfico internacional de pessoas ou sequestro para a retirada de órgãos;
- Comércio de órgãos realizado por grupos organizados;
- Oferta de órgãos por pessoas que decidem, por razões, normalmente, financeiras, vendê-lo a pessoas que dele necessitam para dar continuidade à sua vida.

A internet, que possibilita a oferta simultânea a milhões de pessoas de um produto que se deseja vender, diminui as possibilidades de controlo sobre o tráfico de órgãos.
A internet não inaugurou a oferta de venda de órgãos, mas acabou por dar maior alcance e eficácia ao processo, além de possibilitar que a comercialização se faça directamente entre os interessados.
Em Portugal não há conhecimento de tráfico de órgãos. As histórias que se contam em que a pessoa acordou sem um órgão nalgum supermercado ou numa loja são de todo irreais, até porque não era possível a remoção de órgãos para tráfico sem equipamentos de saúde minimamente avançados.

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