sexta-feira, 17 de abril de 2009

ONU

A ONU afirma que a globalização ampliou enormemente o tráfico humano na última década e os governos devem agir urgentemente para combater essa actividade.
Segundo a ONU, cerca de 2,5 milhões de pessoas são submetidas a trabalhos forçados, exploração sexual, casamentos forçados.
A maioria das vítimas é originária de países da Europa Central e Oriental, da África Ocidental e do Sudeste Asiático.
A Europa Ocidental, a América do Norte e o Extremo Oriente são os principais destinos das vítimas.


70% DAS VÍTIMAS DE TRÁFICO HUMANO SÃO MULHERES, AFIRMA A ONU

Pretória, 25 Fevereiro (Lusa) -- Um relatório das Nações Unidas hoje divulgado em Pretória conclui que 70 por cento das vítimas de tráfico humano no mundo são mulheres e entre 15 a 25 por cento são crianças. Apesar disso, salienta o relatório, entre 65 e 75 por cento dos autores de tal tráfico são também mulheres.
O estudo que deu origem ao Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas, realizado pelas Agências da ONU para as Drogas e Crime (UNODC) foi conduzido em 155 países, 63 por cento dos quais já aprovaram legislação contra esta prática.
"As mulheres desempenham um importante papel neste tráfico, muito mais do que homens e rapazes, as mulheres continuam a ser os indivíduos mais traficados em todo o mundo", referiu Jonathan Lucas, representante em Pretória da UNODC.
Por outro lado, o relatório estabeleceu também que as mulheres são os maiores autores do tráfico, sendo o número de mulheres condenadas por este crime 30 por cento mais alto do que o de homens.
A África do Sul é considerada um destino de tráfico humano e a causa mais comum prende-se com a prostituição.
Johan Kruger, coordenador regional do projecto sobre tráfico humano, salientou que as causas mais comuns ligadas ao crime de tráfico humano são a pobreza, em primeiro lugar, mas também a vontade de encontrar condições de vida mais seguras e estáveis.
A segunda razão apontada para tráfico humano por Kruger é o trabalho forçado.
Na África Ocidental e Central o trabalho forçado é a principal causa do tráfico humano, embora o tráfico para remoção de órgãos às vítimas seja também comum.
Dezanove por cento dos países onde se realizou o estudo, incluindo a África do Sul, não têm legislação que criminalize o tráfico humano.
Para Johan Kruger, é fundamental que os países passem legislação nesta área. Na África do Sul em particular, onde se realizará em 2010 a fase final do Mundial de futebol que deverá atrair grande número de visitantes estrangeiros, é provável que o tráfico de mulheres para prostituição aumente, alertou aquele responsável.
"Não é só a legislação geral que pode travar este fenómeno, é necessária legislação especializada capaz de lidar com o crime organizado", concluiu Kruger.

http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=204900&visual=3&layout=10


TRÁFICO HUMANO É NEGLIGENCIADO, DIZ ONU

12 de Fevereiro de 2009
Um relatório elaborado pelo Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês) revela que a negligência policial e a recusa de alguns governos em reconhecer a gravidade da questão tornam o combate ao tráfico humano uma tarefa cada vez mais difícil.
Para ilustrar o problema, a ONU fez uma comparação com o combate ao narcotráfico e constatou que a maioria dos países dá prioridade a essa actividade, enquanto a luta contra o tráfico humano é negligenciada. Isso torna o problema cada vez mais grave em todo o mundo.
O estudo da ONU, baseado em dados fornecidos por 155 países, é considerado o primeiro relatório global sobre o tráfico humano assim como as medidas tomadas até agora para combatê-lo. Segundo o UNODC, as polícias em todo o mundo interceptam entre 10% e 20% da droga traficada ao redor do planeta - esse total chega a 46% no caso da cocaína proveniente da América Latina. Por outro lado, o relatório revela que, em 2006, foram resgatadas apenas 21.400 vítimas de tráfico humano, o que não chega a 1% das 2,5 milhões de pessoas vítimas desse crime.
"A opinião pública está acordando para a realidade da escravidão moderna, mas muitos governos ainda a negam. Há negligência até mesmo quando se trata de relatar ou mover processos contra casos de tráfico", disse António Maria Costa, director-executivo da agência. "Tememos que o problema esteja piorando, mas não podemos provar isso por falta de dados, que muitos governos estão obstruindo."
Mulheres e crianças são as principais vítimas dos traficantes de pessoas, indica o relatório, sendo que as primeiras são a maioria do total de escravos modernos. Cerca de 79% dos casos de tráfico humano envolvem a escravidão sexual e 18% abrangem trabalho forçado, casamentos à revelia e remoção de órgãos.

http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/trafico-humano-negligenciado-diz-onu-421240.shtml

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